"Eu repito: a minha memória não é amor, mas hostilidade. Ela trabalha não para reproduzir, mas para afastar o passado." Deleuze
escrevi às 13:58
Enquanto limpava os livros na estante empoeirada achei um papel com letras tremidas, escritas a lápis e quase apagando. Reproduzo essas letras agora, não para lembrar mas, esquecer...
"e como veio tão logo partiu, levando com ela tudo o que era meu, levou as tardes, noites, o almoço, o deitar na cama, os banhos demorados, as pizzas nas quintas-feiras, suas bebedeiras no fim de semana, as risadas, choros e algumas pouca brigas,
todos os clichês de um relacionamento
e no fim não restou nada ... talvez fosse pouco, e eu sei que era, mas tudo que eu tinha era seu." escrevi às 13:55
domingo, setembro 19, 2010
Não há nada mais triste que ficar em casa com o vestido de festa escrevi às 20:18
terça-feira, setembro 14, 2010
A velha sensação de precisar escrever e cruzar a madrugada esperando que algo aconteça... Sei bem como é isso tudo e nada consegue aplacar a fome que sinto agora, nenhum rosto, situação ou lembrança me faz dormir, então eu volto a essas mesmas páginas para escrever as mesmas coisas e fingir que toda essa tristeza me traz mais do que velhos problemas. É engraçado e triste que como nunca consigo escrever o que sinto, não tenho coragem e tudo soa mais piegas do que é de fato. Então mudo de assunto... como estou fazendo agora... Talvez seja doloroso admitir que se está perdido e que não há animo nem mesmo para levantar da cama as vezes... há coisas que não devem ser ditas nem mesmo quando se está sozinho e toda vez que esses pensamentos me invadem, me calo e tento pensar que isso é só uma fase. Somos novos e há um mundo inteiro pela frente. E tudo que queria escrever parece ser pouco, me calo e vou deitar... é o que resta... escrevi às 00:39