>>>A Incrível Decadência Humana<<<



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sexta-feira, março 26, 2004

"Sentimos que, por fim, essa inesgotável fantasia se fatiga, se esgota numa perpétua tensão, porque amadurecemos e superamos os nossos ideais antigos, os quais se desfazem em pó e se desmoronam, e, se não existe outra vida, é preciso construí-la mesmo com essas minas. E, no entanto, é algo de diferente aquilo que a alma solicita e quer! E, pois, em vão que o sonhador procura entre as cinzas dos seus velhos devaneios pelo menos qualquer cintilação para lhe soprar em cima e aquecer com um fogo novo o seu coração arrefecido e nele ressuscitar tudo o que outrora era tão agradável, tudo à que lhe sensibilizava a alma, tudo o que lhe fazia palpitar o sangue, tudo o que lhe inundava de lágrimas os olhos e iludia de maneira tão magnífica! Sabe, Nastenka, ao que eu cheguei? Sabe que me vejo obrigado a celebrar o aniversário dos meus sentimentos, o aniversário daquilo que dantes me era tão caro e que, na realidade nunca existiu - porque esse aniversário se celebra sempre em memória dos mesmos tolos devaneios - e, em última análise, esses próprios tolos devaneios não existem, porque não há possibilidade de os extrair da vida: até os sonhos nascem da vida, não é verdade?"

retirado do livro Noites Brancas do escrito Fiodor Dostoievski, gostaria de colocar o livro inteiro aqui para que você pudesse ler e assim saber como eu me sinto, mas acho que ainda assim você não entenderia(ou não se importaria)...

escrevi às 23:01

Sentado no banheiro, embaixo do chuveiro, deixando a água escorrer, chorando escondido para que ninguém possa notar. Quanto tempo passei ali?! Muito mais do que devia, apenas para abrir a porta e saudar a todos com novas mentiras e sorrisos falsos. "Só estou um pouco cansado" e eles inocentemente acreditam em palavras tão dissimuladas quanto essas outra vez.
A mesma música repete infinitamente, falando sobre "sonhos bons"(que nunca vem) e eu mais uma vez com o rosto junto ao chão, tão próximo quanto o posso deixar e já não consigo chorar mais, tamanha foi o desperdício de lágrimas e de horas que passei sofrendo até que visse o quão patético é ficar desesperado por situações que não entendo.
Não tenho mais forças para sair e os dias vão passando enchendo a casa com a poeira acumulada de tanta nostalgia, já nem me lembro mais da última vez que a vi e não me senti culpado por crer em promessas e desculpas semi aceitas.
Levantei-me e saí, apenas para voltar ao ponto de partida e tentar desesperadamente buscar sua atenção... nada adianta, nada muda não é mesmo?!(e sabíamos disso desde o inicio)
Entrego-lhe as cartas "O que você quer?" ela diz e eu novamente emudecido, "Quer uma sugestão?! Vai para casa..." e com poucas palavras ela me mata mais uma vez.

escrevi às 22:20