>>>A Incrível Decadência Humana<<<



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domingo, setembro 26, 2004

"Nada se sabe sobre uma pessoa até o momento que se ama essa pessoa. "

frase da escritora e jornalista Milena Jesenská, retirado de uma conversa entre ela e sua amiga Margaret Buber-Neumann, registrada pela última. Eu nunca soube nada de você, além do seu nome... eu nunca soube nada de nada...

escrevi às 21:55

"Não, eu não estou vivo, apenas finjo respirar..."
Ele não conseguia dormir, então levantou e ao caminhar para o banheiro, se vê refletido no espelho e para bruscamente de andar. Ao ver as olheiras, o rosto pálido e fraco, se pergunta baixinho: "Como pude ficar assim?!", uma vergonha tão grande o tomou, que senta-se no sofá velho e sujo. Seus ossos doiam como se carregasse todo peso no mundo nas costas... mas no fim sabia que era só mais um dia, que começou errado e iria continuar errado.
Pegou o telefone e discou (o número lhe veio a mente automaticamente), ouviu a voz do outro lado e nada disse ... a coragem esvaziou-se rapidamente e novamente covarde demais para dizer, que já não pode mais suportar a possibilidade e o peso de tantas derrotas...
Desligou o telefone, abriu a janela (nenhuma palavra, nenhum pensamento) e saltou. A voz do outro lado do telefone enquanto isso, ficou dizendo impaciente por alguns minutos: "Quem é?".
Ele não teve coragem para desligar.

escrevi às 20:47

segunda-feira, setembro 20, 2004

"Nunca fui feliz, estive apenas contente."

é assim que me lembro desse trecho de A Casa de Bonecas do draumaturgo russo Henrik Ibsen... é bem verdade, talvez estivesse contente, mas nunca fui feliz de fato (eu sei, não adianta e isso é o que mais doi)...

escrevi às 03:34

Euforia e dor se juntam, novamente, depois que as cortinas abrem e você não sabe para que lado olhar. Dá as costas para os outros, soluçando e berrando palavras tão desconhecidas. Ela não está lá e nunca vai estar para ver o desespero, tantos gritos e atos falhos... tão desnorteado quanto se pode estar, por sentir que nada vai mudar e que as pessoas ainda estarão indiferentes ao que escutam (não se importam com tão poucas palavras).
E depois, as luzes se apagam e você mais uma vez se culpa por cobrar uma vida que não se pode ter, enquanto isso os outro te abraçam e sorriem, mas nunca notam o quão distante está (não faz sentido).
Por favor, fale a verdade ao menos uma vez! (primeira exclamação usada e as vírgulas sempre nos lugares errados) Por favor, seja sincera e não me force a confrontar com a possibilidade, de você me ver tão frágil e vulnerável quanto agora... por favor, não minta dizendo: "vamos nos ver"... por favor, me deixa em paz (mentira)...
Ando, esqueço e tropeçando nas próprias palavras, invento novas formas de sofrer e os versos se formam, tão idiotas. Quem se importa e quem lê o que escrevo?! Ninguém vai vir agora, ouvir meu coração bater mais forte, os soluços reprimidos e ninguém vai entender lamentos tão vagos (nem você).
Susurros e berros demais foram usados (sempre em vão) ...

escrevi às 03:01

segunda-feira, setembro 13, 2004

"O homem por sobre quem caiu a praga
Da tristeza do mundo, o homem que é triste
Para todos os séculos existe
E nunca mais o seu pesar se apaga!

Não crê em nada, pois, nada há que traga
Consolo à mágoa, a que só ele assiste.
Quer resistir, e quanto mais resiste
Mais se lhe aumenta e se lhe afunda a chaga.

Sabe que sofre, mas o que não sabe
É que essa mágoa infinda assim não cabe
Na sua vida, é que essa mágoa infinda

Transpõe a vida do seu corpo inerme;
E quando esse homem se transforma em verme
É essa mágoa que o acompanha ainda!"

poema Eterna Mágoa do poeta Augusto dos Anjos... quanto tempo é necessário para esquecer? Por favor, não me fale que é uma vida inteira...

escrevi às 01:43

A vida parece incomodar demais, todavia estamos enfermos demais para sorrir.
De que adiantaria escapar de tudo que nos cerca se o desespero é demais e ainda permanecemos presos a fatos inacabados... não, não há sentido algum para continuar assim, se no final sabemos muito bem como termina, com lágrimas nos olhos e o nariz junto ao chão...
Fantasio a possibilidade de você estar aqui, para ver o quão sozinho estou mas sei que você riria ao me ver, pois nunca vai saber(e nunca entendeu), quanto tempo fiquei esperando qualquer palavra sua sobre o que eu sentia (qualquer palavras sua que não fosse: "isso vai passar").
No fim o que adiantou tantas noites em claro, ansiando para que a porta abrisse e você estivesse lá?! Eu sei, não adiantou nada, nunca adiantou amar as pessoas erradas.
E o que mais dói agora é saber que repito palavras, escrevo as mesmas coisas, vivo uma vida que já foi vivida... continuo a errar os mesmos erros...

escrevi às 01:02

segunda-feira, setembro 06, 2004

"Quem é que vai me salvar de mim?!"

retirado da peça Apocalipse 1,11 do grupo Teatro da Vertigem... ninguém nunca vai me salvar de mim pois todas as vezes que me julguei, eu mesmo me condenei e eu mesmo me executei...

escrevi às 17:02

Vago pelas ruas, nada me faz esquecer e novamente, me pego a entorpecer em pessoas que não conheço e a tentar inutilmente esconder feridas que sangram sobre minhas roupas, mas sei que no fundo todos sabem (eles sempre sabem).
Sentado em um canto escuro, levo a mão a face, as respostas não vem e os questionamentos continuam os mesmo... todos dançam ... olhando para o nada, já não consigo me lembrar o porque de estar ali... todos riem... aperto meus braços e me sinto cansado demais para fugir... todos estão felizes... e eu não acho as saidas.
Insisto em novos erros e estou tão machucado para ver algo além das minhas próprias frustrações, ainda fantasio que se você não estivesse aqui dentro de mim, batendo em meu peito e querendo jorrar para fora, eu poderia ao menos hoje, me sentir amado.
Você sempre me mostra o que há de mais frágil em mim e eu novamente volto para casa entre o dia e a noite, caminhando sozinho por ruas desertas e frias. Abro a porta e entro, já amanhece lá fora e está um dia tão bonito que sinto vergonha em fechar as cortinas e sofrer, por ainda esperar ouvir sua voz... mas a casa toda permanece em silêncio.
Não consigo sonhar, algo me atormenta e tira meu sono, sei que é inútil tentar, mas mesmo assim caminho até o telefone. Tão poucos e longos minutos são necessários para fracassar um dia que já começou errado...
"- Desculpa, mas hoje não dá..."
"- Tudo bem..." (idiota)
"- Tem certeza?"
"- Tenho." (por favor, não faz isso...por favor...)
"- Não está triste, está?!"
"- Não, não estou..." (como posso ser tão mentiroso, como posso ser tão idiota...outra vez...)
Desligou o telefone e tentou até sorrir, como se sorrir e fingir estar tudo bem, acabaria por diminuir a imensa vergonha que sentia.
Mas de nada adiantou porque no fim ele sabia, as adversidades ganham... elas SEMPRE ganham...

escrevi às 16:14

sexta-feira, setembro 03, 2004

"Se deus não há, a quem clamar?!"

retirado da peça O Livro de Jó do grupo Teatro da Vertigem... aprenda a não contar com ninguém (mesmo que no fim nunca se aprenda de verdade)...

escrevi às 01:46

Mais uma vez você me força a ver o mundo por outra perspectiva, mais uma vez tenho meus olhos voltados para chão.
Clamei a todos por ajuda, mas minha voz tão ignobil e patetica ainda permanece sufocada em minha garganta... não, eu não quero mais escrever, quero ir embora daqui...

Interlúdio Poético:
-Porque está tão sozinho e triste?
- Só estou cansado... cansado demais de viver...
Então o outro foi embora e ele nunca mais olhou nos olhos dos outros.

Por favor, me leva para casa... agora...


escrevi às 01:22