>>>A Incrível Decadência Humana<<<



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domingo, janeiro 30, 2005

"Acorde de seu sono,
o secamento das suas lágrimas,
Hoje nós vamos fugir, nós vamos fugir.

Faça sua mala e vista-se
Antes que seu pai nos ouça,
antes que todos o inferno desabe

Respire, continue respirando,
Não perca o controle.
Respire, continue respirando,
Eu não posso fazer isso sozinho.

Cante para nós, uma canção que nos mantenha aquecidos,
Está tão frio, tão arrepiante.
E você pode gargalhar uma risada covarde,

Esperamos que nossas regras e sabedoria sufoquem você.

E agora somos um Numa paz eterna,
Esperamos que você sufoque, que você sufoque,

Esperamos que você sufoque, que você sufoque,
Esperamos que você sufoque, que você sufoque. "

tradução da letra Exit Music (For a Film) da banda Radiohead, composta especialmente para o filme (mais especificamente a cena final) Romeo + Julieta de Baz Luhrmann. A cena inspiratória teria sido aquela em que a Julieta segura uma arma contra a própria cabeça e a letra fala sobre como o casal poderia ter simplesmente fugido e evitado toda a dor.
O que machuca é ver que eu sou assim, ainda estou lá esperando o destino trágico agir sobre mim...

escrevi às 23:49

- Eu preciso ir embora.

- Por favor, só mais alguns instantes...

- Não...

- Por favor.

- EU NÃO QUERO MAIS.

- Então me ame... - disse baixinho - ou apenas finja...

Ela abriu a porta indo embora, logo a porta se fechou e ele ainda ficou no meio da sala esperando o último beijo, o último abraço, as últimas palavras que nunca vieram.



escrevi às 23:18

quarta-feira, janeiro 26, 2005

"- Mamãe, que fim levou o papai?
- Ele era poeta.
- Poeta? O que é isso, mamãe?
- Ele também dizia que não sabia. Agora anda, lava essas mãos, o jantar tá na mesa.
- Ele não sabia?
- Exatamente, não sabia, não. Agora anda, eu disse que era para lavar essas mãos..."

trecho do conto "Você aconselharia alguém a ser escritor?" do escritor e poeta Charles Bukowski... eu sei, estou estranho...

escrevi às 19:18

Chove lá fora e ainda estou sufocado por versos que escrevi para você nunca ler.
Agora tenho uma máquina de escrever, sou um um verdadeiro poeta... falta só você me amar... tudo bem, não precisa se explicar, posso muito bem ser "o poeta de amores platônicos", ou melhor: "das idealizações fracassadas".
Quem sabe daqui a uns 20 anos anos, jovens depressivos descubram o gênio inconpreendido que fui, quem sabe eles me escolham como a voz de uma geração perdida... não ria, idioticesses como essa as vezes acontecem.
Ainda terei coragem de ligar para você, ligar de verdade, não só ouvir "alô" e desligar o telefone, então vou ligar... é vou ligar, e dizer todas as minhas verdades... dizer o quanto podemos ser felizes juntos e que quero ter filhos, um emprego fixo e aos domingo almoçar na casa dos seus pais... tá, eu sei que não vou ligar...
Lembra das poesias que eu fiz para você? E recorda também das cartas, depois que eu devolvi tudo o que você com elas? Sabe, eu me arrependi de ter te entregado tudo, tinha versos ali que eram os meus melhores... droga, não devia ter devolvido, alias não deveria ter gasto palavras com você, poemas assim só para amores verdadeiros... mas você é o meu amor verdadeiro, eu é que não sou o seu.
Merda, se está chovendo porque faz tanto calor?! Ainda vou te ligar...

escrevi às 17:20

quarta-feira, janeiro 19, 2005

"no frio som transmitido um grito de águas paradas.
E um grito feito de sangue toldou a manhã inteira.

Meus versos, gritos do vento nas ramagens são a minha própria alma angustiada a refletir imagens duma
lenda, em mim iniciada."


poesia(ou parte dela, definitivamente não sei, eu apenas a encontrei/ela me encontrou) de Albano Martins, do seu livro Secura Verde... eu não quero dizer que tudo vai ficar bem, cansei de mentir e fingir acreditar em minhas falsas promessas de felicidade...

escrevi às 23:37

Estive a tanto tempo trancado dentro desse quarto, que já nem sei mais se agora falo ou penso...
Daqui, ainda posso ouvir o barulho dos carros como ondas batendo em rochedos, me levando para ainda mais longe do seu porto. Anteriormente (eu ainda me lembro) podia repousar-me tão tranquilamente, mas agora que volto meus ventos para sua direção, vejo ao longe que tudo está sendo consumido pelas chamas e mesmo que não ouça sei, que agora também grita...
Estou a esmo, agarrado a lembranças destroçadas, esperando sinais de um farol qualquer, achando que no fim você viria dos céus, tal qual Deus Ex Machina, para me buscar e ir contigo, mas mesmo cego eu previ que ainda que encontrasse sua luz, não poderia segui-la pois ainda tenho os olhos vazados (nada vêem além do que querem ver). Já não tenho forças para lutar contra as tormentas.
Vou cada vez mais fundo e não há como emergir com tanto peso nas costas. O folego acaba e não há nenhum som agora... tempestades sempre passam, repito... a correnteza guia meu corpo e as águas invadem os pulmões, tirando minhas últimas palavras e que ninguém nunca vai escutar.
Me entrego e me deixo levar (é o que resta).

escrevi às 22:44

segunda-feira, janeiro 17, 2005

"A natureza humana é limitada: ela suporta a alegria, a tristeza, a dor até certo ponto; se ultrapassar, irá sucumbir."

Frase retirada de Os Sofrimentos Do Jovem Werther do escritor Johann Goethe ... e a pergunta permanece as mesma, até quando nós vamos fingir que suportamos?

escrevi às 23:51

Somos apenas fantasmas e quando achavamos que poderiamos subir aos céus, fomos expulsos para ver o que perdemos.
Não há nada para se apegar, tudo se desfaz entre as nossas mãos e eu que havia jurado nunca mais sentir nada, hoje encolho as pernas e abraço os joelhos deitado na mesma cama em que você dormia.
Lembra quando eu disse: "não é nada"? Era nesse momento que você deveria me abraçar e dizer que tudo iria terminar bem(como pode esquecer?), mas sei que não bastaria, logo inventaria novas formas de sofrer e novas desculpas para afastar você de mim, mas mesmo assim é tão bom imaginar que se estivesse aqui tudo seria diferente.
Para onde fugir então, se os problemas estão aqui e não nos outros?

escrevi às 23:43

terça-feira, janeiro 11, 2005

"Queria ou não que ela viesse?
Olhando por sobre o pátio para as paredes defronte, ele procurava por uma resposta."


trecho do livro A Insustentável Leveza do Ser do escritor Milan Kundera... não, é tão simples quanto parece, ouvir as palavras que ecoram por tanto tempo dentro de mim e a esperança que ela entrasse pela mesma porta que saiu... ela nunca virá...

escrevi às 17:39

Apaga as luzes e fecha a porta, enchendo a casa com as nossas sombras...
Tantos vultos podem ser vistos da janela, mas nenhum me aflige mais, do que esse, que agora está deitado ao meu lado, nessa cama tão bagunçada e suja de lembranças.
Volta, volta dos sonhos em que esteve, conversa comigo e não me deixa dormir novamente, pois como conseguir adormecer se tantos segredos estão escritos no chão, nas paredes, no teto, nos lençois e em mim mesmo... há palavras não ditas em tudo, meias sentenças para você não ler.
Sei que prometi, mas eu simplesmente tive de partir e ainda com as mãos tremulas, larguei frases desconexas na mesa, abri a porta e sai... queria ter tido coragem para ficar e falar o que sentia, queria ter dito tantas coisas mesmo sabendo que no fim não valeria a pena.
Desculpa, mas não há finais felizes na vida real.

escrevi às 17:26

terça-feira, janeiro 04, 2005

"Estou curioso por saber até que ponto um homem pode resistir. E quando alcançar o limite do suportável, basta abrir a porta e escapar." Há muitos suicidas que extraem força extraordinária deste pensamento"

retirado de O Lobo da Estepe do escritor Hermann Hesse... pelo contrário, pensar nisso só me faz querer ainda mais, vislumbrar o que tem lá fora... e se eu não achar nada, quem é que vai arcar com tudo isso?

escrevi às 22:55

E de todos os meus passos, esses foram os mais incertos...
Mas de que adianta podermos ser quem quisermos, se nós mesmos, nunca mais poderemos ser... eu sei, é o preço a se pagar por acreditar em tantas mentiras e mentir para sustentar as que inventamos. O que me conforta agora, é que eu não mentirei mais.
Apenas aprecie o que eu trouxe para você meu amor, mais um pedaço de mim e peço desculpas se está cheio de sangue (quando tentei limpa-lo eu me sujei), mas eu não conseguia adormecer essa noite pensando em você e foi só assim que eu consegui dormir.
Não, não chore agora e nem tente escapar pela porta...não corra... você terá de escutar o que tenho para dizer, nem que eu tenha que gritar nos seus ouvidos, me agarrar nas suas pernas ou puxar os seus cabelos.
Você nunca vê o que faz comigo? NUNCA VÊ?! Vai, pode gritar, já é tarde da noite, todos dormem e não vão escutar, o seu choro fingido, o seu grito histérico, pois todos sabem (e eu principalmente sei), que o culpado não sou eu, não sou eu...
Chega de versos, chega de sofrimento, chega de sonhos, hoje eu me contento com as SUAS lágrimas e mais nada me satisfaz.

escrevi às 22:37