>>>A Incrível Decadência Humana<<<



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domingo, novembro 28, 2004

"É preciso calma e poesia para suportar uma existência descoberta antes da hora."

retirado do blog Pró-seco de alguém que eu nem faço ideia de quem seja (talvez seja isso que me fascina)... sim, é preciso tudo isso, mas poesia e calma sempre me sufocaram a boca...

escrevi às 23:49

Café, insônia e versos idiotas.
Você disse que não bastava sonhar, então eu disse que já não dormia mais e que tudo o que queria, era uma oportunidade de dizer todas as minhas verdades mas hoje encho a boca com mentiras e faço versos que são amassados e jogados ao chão, junto aos outros tantos versos clichês que fiz para você.
Meus joelhos doem e tenho os dedos quebrados, implorando seu perdão (por erros que nem sei se fui eu mesmo que cometi). Mas eu sei, eu sei que sou sempre o culpado por estar onde estou.
Tento desesperado tampar os olhos com as mãos mas as mãos como as de um fantasma nada tampam, então infantilmente corro na direção contrária e penso em cair, mas só há forças para rasgar as folhas do diário e joga-las fora. Não que que ninguém veja o que guardei tanto tempo para você.
Escrevo tantas frases sem sentido que a letra ilegivel assemelha-se aos cortes que fiz em meu braço, mas você nunca percebeu que eram para você. Me dê café e bata em mim se eu começar a fantasiar novas fugas, pois não mais, NUNCA MAIS irei vislumbrar a vida que poderia ter tido se deixasse de lado os sonhos infantis e ... deixa, deixa para lá, só apaga a luz e fecha a porta, porque eu cansei de mentir.
Ainda me pergunto a quem quero enganar com tantas frases falsas e ruins? Mas não importa mais(e nem faz sentido), dou as costas para você e sigo sem olhar nos seus olhos...

escrevi às 23:32

domingo, novembro 21, 2004

“...Debaixo da infelicidade a maior esperança:
morrer
quando as luzes se apagam
e sob as sombras da lua
não há quase nada”

Trecho do poema Buenos Aires do escritor Jorge Luís Borges... eu passo os dias esperando, mesmo sabendo que no fim essa "esperança" permanece inquieta demais, dentro de mim...

escrevi às 13:32

Quais promessa devem ser quebradas para que possamos continuar "vivendo"?
Gostaria de ainda poder dizer: "no fim tudo dará certo" mas estou cansado demais para mentir(e a verdade dói mais, é verdade). Não basta eu sei, mas tudo acaba até os versos, até as palavras e principalmente a euforia de pouco tempo atrás.
Essas são as promessas que eu não posso cumprir e a noite vai passando sem que nada aconteça... sei que prometi, mas depois que eu voltar para casa me deixa chorar, apaga as luzes, fecha a porta e vai embora para sempre...
Novamente achei que poderia sair ileso a tantos erros e derrotas, mas foi em vão. Descemos as mesmas escadas, eu ainda confrontava os mesmos fantasmas, mas toquei em seus dedos e segurei em tuas mãos ao ouvir lamentos tão conhecidos e pude apenas fechar os olhos para que você não visse que eram os meus olhos que enchiam de lágrimas por ainda ser ingênuo, a ponto de achar que"no fim tudo dará certo".
O último abraço? O último beijo? Ficou nos poemas e nos filmes que não vimos.. hoje passei o dia a procurar motivo qualquer para viver mas não há fotos e nem boas lembranças para recordar, não há nada...
Seria certo quebrar promessas?

escrevi às 13:07

domingo, novembro 14, 2004

“Descontente com todos e descontente comigo mesmo, ser-me-ia grato redimir-me e vangloriar-me um pouco, no silêncio e na solidão da noite. Almas daqueles a quem amei, almas daqueles que cantei, fortalecei-me, amparai-me, afastai de mim a mentira e os dissolventes vapores do mundo; e vós, Senhor meu Deus! concedei-me a graça de produzir alguns belos versos que provem a mim mesmo que não sou o último dos homens, que não sou inferior àqueles que desprezo!”

retirado do livro Pequenos Poemas em Prosa de Charles Baudelaire ... e no fim não se é especial para ninguém (nem para si mesmo)...

escrevi às 15:22

Talvez você abaixe a cabeça para não olhar meus olhos (ou talvez fui eu que fiz isso)...
Mas eu ainda estou aqui, prostrado em sua frente esperando qualquer palavra sua, enquanto meus braços sangram por tantos cortes.
As luzes ofuscam meus olhos e mesmo assim eu caminho em direção a ela...depois desse dia eu nunca mais consegui dormir na minha vida/depois desse dia eu nunca mais consegui viver uma vida. E se eu disser que não mentia(e não vou mentir agora) quando afirmei que me importava e que faria qualquer coisa para que me notasse...
Ofereci tudo o que tinha, uma meia-vida talvez não baste, mas hoje, só hoje não ria de mim e nem se compadeça com minha dor, pois quem tenta me compreender leva parte de mim e todas as minhas lamúrias foram transformadas em "poesia" e "belas palavras" para que você leia e ache que no fim, tudo está bem e ninguém tem culpa de nada ... mas você é o motivo e mesmo sabendo o preço eu sei que faria tudo de novo.
(não há o que perder, ainda sou o mesmo idiota)

escrevi às 15:13

segunda-feira, novembro 08, 2004

"A verdade não é meu forte. "Porém é preciso mentir para ser verdadeiro." E mesmo ir mais longe. De que verdade quero falar? Se é bem verdade que sou um prisioneiro que representa (e se faz representar) cenas da vida interior, vocês não devem exigir outra coisa senão uma representação."

trecho retirado do livro Nossa Senhora das Flores do escritor Jean Genet, no fim só estamos mentindo... nada é de verdade, só idealizações tolas... minhas idealizações tolas

escrevi às 23:56

Vejo tudo distorcido...
não, não é porque perdi meus óculos e nem porque eu nunca mais sonhei e sim, porque eu me esqueci de como é ver a vida de outra forma.
Então agora que meu corpo dói, invento novos motivos para continuar vivendo e anseio a próxima madrugada em que beberei café e não dormirei mais, apenas para provar para mim mesmo até onde eu posso me auto-destruir...
Até onde eu aguento?
Sábado a noite me embebedei de café e desenhei a dor para que assim, pudesse domina-la e também evitar a loucura de confrontar-se mais uma vez com tantos erros e derrotas. Os fantasmas cobram a partida e me pego a sofrer no caminho de volta para casa, pois é lá que deposito tudo que há de mais frágil em mim, não ouço suas palavras, fraco demais para perceber que os fatos nunca mudam e nada me poderá voltar atrás.
Lembro de você e me sinto tão perdido e sozinho no quarto bagunçado, depois paro e penso que não importa, me senti assim uma vida inteira.
O que me serve de consolo é saber que no final das contas eu estava certo, as coisas dariam erradas de qualquer forma... o que me serve de consolo é saber que eu não destruí as idealizações com a verdade, só fui fraco para tentar amar alguém de verdade...
Faria qualquer coisa para estar no lugar dele, faria qualquer coisa para ser ele, faria qualquer coisa para que você me aceitasse...
(e ainda assim acho que me renegaria)

escrevi às 23:35

terça-feira, novembro 02, 2004

"Beijo na cozinha
fazendo amor em sua cama
de novo e de novo.

Chorando na cozinha
nós dormimos na sua cama
então, então separamo-nos.

Acredite-me e confesse
você estava sofrendo demais
acredite-me, sou sua bagunça
então podemos avançar
e podemos avançar
então podemos avançar

Mas nossas cozinhas
adormecidos em nossas camas
tão legal no chão
tão fresco em nossas cabeças

podemos avançar
podemos ir longe
podemos avançar

podemos nos sentir tão, tão pequenos"

terminando a trilogia de traduções da banda The Moirai com a letra de Empathy for Your Enemy- Hostile to the Helpless... eu sou meu próprio inimigo, eu destrui minha vida e no fim até tentei sorrir... e ainda tentei imaginar como seria amar você de verdade, ao menos uma vez...

escrevi às 21:20

Tenho sede, da-me de me beber e tenho sangue em meus dedos e uma vergonha tão grande em meus lábios pelas palavras que deixei de dizer.O café esfria na mesa e a TV fora do ar as 4 da manhã me mostra que eu já deveria estar dormindo, mas tenho um medo idiota de dormir, como se o telefone pudesse tocar e eu não estar aqui para atende-lo... bebo o café e ligo para ninguém (eu sei que vou me machucar), mas sempre desisto no primeiro toque.
Penso em escrever, e páginas e páginas de um caderno velho são rabiscadas por versos sem sentindo e por um lápis sem ponta e marrom... nada faz sentindo... poderia escrever as cartas que nunca escrevi, mas de nada adiantaria pois não há endereços e nem palavras para se falar.
Poderia então escrever os versos mais tristes para você, mas eles já foram escritos por outros (nunca escrevi nada que te fizesse sorrir) e as paredes já estão sujas demais de tantos rabiscos. Procurei motivos para viver, inútil, nada resta e ainda faço as mesmas perguntas (erradas) de uma vida inteira.
Mas eu nunca mais escreverei mentiras.... nunca mais viverei mentiras.... eu nunca mais viverei ...
E agora?! Para onde vamos quando a vida acaba (e para onde vão os versos que se escreveu para as pessoas erradas)?

escrevi às 20:50