>>>A Incrível Decadência Humana<<<



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segunda-feira, junho 30, 2003

"Meu Deus! Um minuto inteiro de felicidade! Afinal, não basta isso para encher a vida inteira de um homem?..."

retirado de Noites Brancas, do escritor Fiódor Dostoiévski... eu ainda choro ao ler...

escrevi às 03:27

Domingo, posso sentir daqui o cheiro de decepção ao acordar.
Insisto em sair de casa mais uma vez, atravesso a cidade, chego no mesmo lugar, o local onde costumo colocar minhas decepções mas que de certa forma é a minha matriz, um lugar claustrofóbico, corredor apertado e o teto esmagador.
Ela chega, vê que estou lá... me trata como se tudo estivesse normal e eu me esforço para me afastar dela. Mesmo sabendo que no fundo é a última coisa que eu quero.
Mais uma vez a sensação de inadequação, os olhares desviados das pessoas conhecidas e desconhecidas, o caminhar pelos cantos das paredes, as pessoas perguntam: "porque você está tão triste?", sorrio e repito que não é a primeira pessoa que fala isso nessa semana. Quando há muita gente feliz, me sinto desloucado, passo a procura-la incessantemente no pequeno lugar, sei onde ela está, mas ela parece nunca me ver. E a dor veio vindo lentamente, andando pelos cantos e sozinho, querendo gritar: "Me dê atenção, não vê que estou aqui?!".
De repente, ela me toma pela mão e nos sentamos, o barulho não incomoda mais. Me faz perguntas e eu respondo com meias palavras, com o rosto corado e o coração batendo mais forte, ela pega na minha mão e a entrelaça nas delas, afaga meu cabelo. Olha incessantemente para mim, e eu como uma criança olho para baixo, sou um idiota, covarde, medroso... alguém me diz que estou louco se não, mas aquela era a hora de beija-la... eu nada fiz, a música acabou, ela foi embora e eu fiquei sozinho. Não precisam falar (alias, quem?! Ninguém lê mesmo), sei que a culpa é minha, eu sei, sou um idiota...
Chega de frustração adolescente, vou falar de outros problemas: minha "amiga"(já expliquei, não tenho amigos, mas ela é o mais próximo disso), me chamou para um lugar mais reservado, queria falar comigo. Ela me disse coisas maravilhosas, falou que eu realmente era o melhor amigo dela e entregou o diário dela para que eu pudesse compreender o porque de tudo. Ela nunca o tinha mostrado para ninguém, e eu tinha sido o escolhido, ela afirmou que tinha decidido 5 minutos antes de me entregar. Só pude aceitar o diário, lisonjeado e se puder ler, digo a você: não acho e nunca vou achar tudo que você faz errado.
A multidão foi embora, caminhei para outro antros. Ela está lá, Anna, Nastenka, Morgan, Ariadne, minhas idealizações em uma só. Sei que vou me magoar, tenho medo mas é melhor assim, cansei de esperar... não conversamos muito, ela estava mal, e eu mais ainda. Mais esperanças.
Desci ruas e me deparei novamente com o teatro. Peça interessante, um ator famoso, mas meio fugaz e rarefeita. Ao menos me fez esquecer por alguns instante. Enquanto voltava, li o diário, as coisas finalmente faziam sentido.
Dia longo e distante, estou cansado mas sinto a euforia chegando lentamente...

escrevi às 03:15

Sábado triste, onde a primeira parte do mundo resume-se a ficar acordado dias e dias entre as paredes brancas e frias, entre os sonhos de uma vida melhor. Passo tanto tempo entre as ruínas que desvincilhar-se dela parece um fardo, dificl demais de ser carregado.
Abro a porta e saio, faz frio essa noite, me agrada esse clima impessoal que o frio traz... como se me desse uma desculpa para ficar em casa ou explicar a depressão... chego onde queria, me sento e mantenho os olhos abertos mesmo que as noite e os dias tenham sido passado em claro nas ultimas semanas. O teatro talvez seja uma das únicas coisas que me mantenha vivo, o palco me fascina e desejo isso para mim... dois atores fantásticos em cena, cenário inusitado, luz criativa, um texto lindo e eu em lágrimas...
"Noites Brancas" de Dostoiéviski, a peça ainda ecoa, como uma cicatriz, ainda dói lembrar de como eu sou o "sonhador", como sinto e lido as coisas como ele. Ainda tenho vontade de chorar porque ela não tem culpa, somos nós, sempre nós os "sonhadores" que sonham demais com garotas na ponte. Acaba. Eu bato palmos e me levanto, tonto, troco os passos, estou desnorteado... catarse, tenho vontade de vomitar ou de gritar... eu sei o que é sonhar demais, pretensões demais, encontrar poesia onde não há.
Eu voltei para casa sozinho naquela noite e sob aquele mesmo viaduto (aquele no qual sempre olho o horizonte a procura de qualquer sentido) vi o quão tudo fazia sentido.
A casa vazia e uma cama quente ainda me esperavam de braços abertos, prontas a me escutar.

escrevi às 03:14

sexta-feira, junho 27, 2003

"Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?"

retirado da Bíblia Sagrada dos Cristãos

escrevi às 17:46

Tenho vocação para a derrota, eu não fui feito para ganhar. Não sei lidar com esse fato, não sei lidar com nada inclusive, eu só quero ir embora daqui...
Mais uma eu destruo a chance que eu tenho de emergir, mas tranco a porta e jogo a cheve pelo ralo... não, engulo a chave... sou o causador dos meu próprios fracassos, como se tivesse prazer de estrangular toda e qualquer oportunidade de felicidade.
Eu já não acredito em felicidade, só existe euforia, felicidade é uma palavra muito forte. Uma palavra que não existe, uma armadilha, um sonho de consumo em qualquer prateleira. Ela está lá, ao preço de sua sanidade e de sua profundidade moral e emocional.
Quero ficar sozinho, não quero ter ninguém, eu quero ficar sozinho, eu quero ficar sozinho, não quero ter ninguém, eu só quero estar sozinho... eu não fui feito para o amor, sou perverso, mesquinho, mentiroso e covarde... o amor não é feito para covardes... pessoas como eu tem medo de amar, são imediatista, romanticas demais... o amor não foi feito para os romanticos, pois eles morrem por causa de tal sentimento, o amor foi feito para os realistas porque eles sim, eles vivem o amor na plenitude, o lado bom e o lado ruim.
Quanto tempo falta para a coragem vir?! Falta muito tempo?! Eu não vivo mais... passo os dias a lamentar, a olhar a janela, isso não é vida... será hoje o derradeiro dia... eu preciso de café, meu peito doi e eu não consigo respirar direito.
Olha atraves dos meus aparatos perfeitos...muletas perfeitas...olha para mim, meus pensamentos, meus sentimentos, os sonhos...Não existe nada lá, só o vazio, tudo é branco.
Hoje eu rezo, eu peço ao meu deus pagão, rezo para mim mesmo, para qualquer um, menos para você... hoje eu peço para que me mate, me mate de uma vez, mas não me ressucite como fez tantas outras vezes...
Adeus e desta vez espero realmente não voltar.

escrevi às 17:36

terça-feira, junho 24, 2003

"Ali Ariadne acordou na manhã seguinte, estava feliz, incrivelmente feliz. Mas quando viu ao longe o navio de Teseu, tentou correr...gritou desesperada, mas o navio já sumia no horizonte. Seus olhos encheram de lágrimas e sangue, não pode conter os soluços que a tomavam. Gritou aos céus o porque de tudo aquilo, gritou até não aguentar mais e encolheu-se na areia, abraçada as próprias pernas e murmurando seguidamente o nome de Teseu.
Ariadne ainda permanece em Naxos, os olhos sempre fixos no horizonte, esperando que o navio que carrega seu amado apareça novamente no horizonte, e ele esteja lá, com os braços abertos e a chorar. Fazem décadas desde a partida de Teseu, mas ela ainda permanece na mesma praia, em sua incansável espera solitária...
Ariadne nunca soube o porque dele ter a abandonado e ela nunca compreendeu que, o dar-se completamente não implica necessariamente, em receber de volta..."


Inspirado livremente no mito grego de Teseu e Ariadne.


Observação: Você entende, que eu escrevo isso para você...

escrevi às 05:40

Diz que foi um imprevisto, diz que não pode ir porque havia algo além de nós, minta... mas não fale que esqueceu, não explique por meia palavras, não me faça entender o que desde o inicio você quer me mostrar.Não precisa me amar, apenas finja...
Não desligue ainda, sou eu a querer gritar com você, a explodir meu odio em seu rosto... não, ainda não, só mais uns instantes para que eu possa dizer o quanto você me faz mal... espere, por favor... por favor... eu precisava de você...eu preciso...
Saí pelo centro, tropeçando em meu próprios passos, mentindo para mim mesmo e dizendo que tudo ia bem, tudo ia dar certo e melhorar...passando por aquele viaduto e o sol ainda não me aquecia, minhas mãos ainda frias e o reflexo nos vidros fos prédio ainda ofuscavam minha vista...tirei os oculos pois não queria ver o rosto de ninguém e andei, com lágrimas a quase transbordar em meu olhos e a vergonha quase a me sufocar. Sozinho e cansado entre tanta gente com rostos deformados e sem história de vida, é melhor assim com a visão embaçada pois a loucura toma conta do que resta.
Ninguém olha, ninguém sorri, apenas andam, andam e andam sempre em frente...recupero a visão, mas não a sanidade, a cafeína em meu sangue e o vapor ainda embaçando meus óculos me trazem de volta a realidade, o dia ainda nem ameaça acabar e eu já estou morto.


Interlúdio:
Abre-se a porta, ouço passos.
_ Anda, vai dormir...
_ Não tenho sono.
_ Não interessa, vá deitar.
_ Já disse, não tenho vontade.
_ Olha eu não vou pagar essa conta...
_ Claro, você nunca tem dinheiro para as coisas que eu gosto de fazer....

Fica um tempo em silêncio, depois vai embora e fecha a porta.
Eu, ainda sentado, fico pensando em como consigo machucar os outros tão facilmente. Apenas mais um dia em minha vida, mais um dia que só me prova que eu já deveria estar morto.

escrevi às 05:37

segunda-feira, junho 23, 2003

Todos os dias de manhã você me acorda com um beijo em meus olhos, repousa sua cabeça em meu peito e permanece em silêncio. Cantarola aquela canção, aquela que eu fiz para você, antes mesmo de saber que você existia. E sorri, o sorriso mais lindo da minha vida, e meus olhos enchem de lágrimas e eu cantarolo aquela canção, aquela que eu fiz quando eu sabia que você existia, mas nunca te encontrava. Vai, beija minhas lágrimas, como eu fiz com as suas em meus sonhos.
Não chora agora, estamos perto demais de chegar... não chora agora minha criança de pele branca e olhos brilhante, não posso suportar a sua dor. Então case comigo, vamos viver o resto da vida juntos e teremos filhos, quantos quiser. E se isso não te fizer feliz, iremos aos domingo almoçar na casa dos nossos pais. Não há nada que não melhore com o tempo... sei muito bem que não sou a melhor pessoa pra falar isso, mas me importo, hoje mais do que nunca digo que me importo.
Quando se tem a sensação de que nada é o bastante, eu levanto da cama e quebro a casa inteira, os moveis e os vidros, o espelho e as portas... rabisco as paredes em letras cursivas, gritando e rezando poesia do seu corpo... faço tudo para que me note, mas só há lugar para o ódio. "Olhe para mim enquanto eu falo, olhe para mim... " digo isso em frente a um espelho, o mesmo que quebrei em um dos vários acessos infatis... "acorda", isso grita comigo, desgraçado, bata na minha cara mas não me deixe dormir, não me deixe sonhar com ela. A euforia desce pelo ralo bem devagar, onde está aquela alegria que me tomava a poucos instantes?!
A depressão chega mais rapido que imaginei, mas ainda tenho forças para mais uma ilusão: "acordo com o cheiro do café, me pego descendo as escadas e encontro você lá, a sorrir e a tirar proveito da vida em coisas simples. Você diz baixinho que me ama, só isso basta para que eu seja feliz..."

escrevi às 04:33

domingo, junho 22, 2003

Me libertei, finalmente, posso agora ser livre daquela sina que me tomava...ou assim eu acredito... nada diz, não é preciso, quase sinto uma recaída pois o orgulho sempre é ferido. Seres humanos mediocres a procura de sucesso e aprovação, não sou diferente, mas hoje estou mais em paz comigo mesmo.
Palavras sem nexo, para que só eu possa entender, sinto a falta dela...mas como?! Se nunca a tive realmente para mim, seus olhos tão vazios e pele tão palida... eu suplico para que me ame...me ame, eu preciso que você sustente minha euforia. Não é preciso artificios aqui, nem esperar as respostas em frente aquela velha árvore dos devaneios de outrora, só diga: "você ainda deve ter esperanças".
Minha dor, minha culpa, minha solidão, eu entrego a você, te dou o meu pior para que você saiba quem eu sou... me ajude, só você sabe o que eu sinto agora que todos já foram embora e descemos sozinhos as mesmas ruas, conversando sobre assuntos que eu nem lembro mais. Vai embora agora, mas leva a minha parte com você, para que eu possa ser você ao menos por uns instantes.
Será que não romantizei tudo, que esqueci que aqui é a vida real, que não há sonhos... que tudo isso é verdade ou só mais um escape?! Você fala a verdade?! Ou escuto apenas o que quero?!
Mais um café, mais café... euforia por entre os goles, ela ainda não está aqui, quem sabe amanhã ou segunda... você entende o que eu digo ou o sono tomou minha mente?!

Observação: Tudo isso foi só para dizer que eu preciso de você...

escrevi às 00:37

sábado, junho 21, 2003

Enfim dorme até esquecer que se está vivo... belo dia, não vê o tempo passar, nem o sol chegar e ir embora, não é preciso o convivio com os outros(sozinho mais uma vez), levanta e anda pela casa... vazia... benção ou maldição...
Ela está lá, e eu posso sorrir, me dá esperanças pensar, acho que a amo e pela primeira vez me dou ao luxo de acreditar. Até quando isso dura?! Por favor, que dure para sempre...
Euforia, e ela me sustenta com suas mãos frageis, sorrisos e soluços ecoam por minha mente... eu preciso dela até morte, mas será que ela precisa de mim?!
Quero escrever mais sobre ela, como apareceu do nada e...ah estou cansado demais...
com licença eu preciso dormir...

escrevi às 02:37

quinta-feira, junho 19, 2003

O sol invade a janela, ultrapassa a cortina e atinge com tanta força o chão deixando transparecer a poeira que a noite acumulou... pelo alto falante, escuto a voz e os gritos de um homem que canta, atormentado, sobre seu sentimento caindo e quebrado em círculos, tal música me toca de tal forma que poderia até chorar se já não o tivesse feito por toda uma vida... já é de manhã e faz dias e dias que não durmo direito, me pergunto se faço isso para não ter que conviver com as outras pessoas trocando a noite pelo dia... em círculo mais uma vez....
Passo a madrugada inteira em frente a uma tela, meu mundo virtual, particular e inviolável, ouvindo lá fora uma mulher rezar para SEU deus, enquanto escuta sua rádio bradando mandamentos e códigos de conduta. Fato curioso esse, já que ele vem dormindo há semanas no corredor do andar, coisas estranhas que pretensiosamente só acredito acontecer comigo, não me prenderei ao caso mas digamos que ela é filha da mulher (que é tão surtada quanto) que mora ao lado, e esta não quer que a filha more com ela. Parece ser trágico, de certa forma é, mas também é lírico, como os bilhetes que a mulher deixou para filha pregadas na porta que dizem: "MORADIA PARTICULAR", "PROCURE OUTRO DOMICÍLIO", "FIQUE FORA"... realmente me pergunto se sou mais insano que as duas.
Me embebedo com café, ele perfura meu estomago, quero sentir ele me aquecer nessa melancolica manhã de um sol timidamente frio. Mais um dia nesse incrivel diário da decadência humana, mais uma página de um dia ruim, mais uma inspiração para frases de efeito, mais palavras batidas e mais falta de imaginação.
Faz muito tempo que eu não escrevo aqui, alias, faz muito tempo mesmo. Não sei se posso dizer que minha vida mudou, porque ela de fato não mudou... em círculos... a vida continua a mesma de antes, de minutos,horas,dias, semanas,meses, anos?! Quantos anos?!
O que mudou, você(quem?!) pergunta, a rotina talvez, colégio mais uma vez abandonado, palcos e coxias me forçando ao convivio social e a uma nova prisão, fugas para festas e encontros não trazem a sensação esperada, a mesma casa sufocante e com paredes cada vez mais estreitas e menores. Devaneios no cárcere, ode ao estranho, sonhos são ruins, você não se importa, dias tristes... gritadas a plenos pulmões por entre a massa sonora, entre pessoas desconhecidas e conhecidas, sentimentos e microfonia em tetos baixos... só mais uma nação prozac tentando explodir meu peito, fervilhar minha cabeça, acalentar minha dor, tentando dar sentido a minha vida. De um certa jeito, prozac é um remédio para mim, mas também a minha dor que me força a ser mais do que sou, me traz paz, euforia, como me transforma em em sofrimento e frustração quando não me leva aonde eu quero.
Quanto ao amor? Ah o amor sempre ele, o primeiro a me atirar pedras e a cuspir em mim. Talvez o sentimento mais neutro, uma arma, usado como bem entender... bengala ou corda para o suicidio... ela me abraça do lado de fora e quase me sentir que sou dela, me dá esperanças, apenas alguns segundos antes que ela possa soltar meu corpo e eu caia no inferno mais uma vez. Mas dentro daquela pequena matriz de sonhos, uma caixa hermetica, apenas confusão, muito barulho, ela beija outro e estou só, gritando/cantando desesperadamente para ela: "Tento me dizer que talvez seja melhor assim, e que talvez teu mundo não tenha lugar pra mim. Já perdi as contas de quantas noites passei dirigindo sem sentido, pensando em te dizer que morri e que não precisa se preocupar porque nunca mais vou rastejar por estar perto de ti. " e ela não presta atenção em mim, não escuta. Orgulho ferido, depressão, estou rastejando... em círculos... doi tanto saber que não se sabe amar, que não se sabe viver, que é errado, ruim, mesquinho jogar toda as esperanças em alguém e no fundo quero acreditar que a culpa nunca é minha e sim DELA...só DELA, que não me ama e que não sustenta a maldita euforia. Ela que não me aceita como eu sou, errado, ruim, mesquinho, feio, solitário e tantos outros adjetivos auto-depreciativo. Eu quero aprender a amar, quero me apaixonar por você. Você me permite? Ao menos essa noite... então não me precisa me amar, apenas finja...
Se você leu até aqui eu tenho algo para dizer, não vale a pena tanto trabalho por tão pouco, por miseras palavras e devaneios de alguém que quer no fundo apenas que passem a mão em sua cabeça e digam: "QUE LINDO!". Mas pelo contrário, não façam isso, me batam na cara e digam: "ACORDE!!!"
Chega, eu não quero mais escrever, não quero mais, esses relatos são ruins porque me forçam a viver tudo outra vez...

escrevi às 10:35