>>>A Incrível Decadência Humana<<<



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segunda-feira, agosto 30, 2004

"Pai... pai... pai..."

trecho da peça Paraíso Perdido do grupo Teatro da Vertigem... adiantaria clamar?! Acho que não, novamente estamos sozinhos (e deus nunca escutou os nossos lamentos)...

escrevi às 18:31

A vertigem se foi e novamente terei de arcar com as consequencias dos dias em que de certa maneira deixei a euforia tomar conta .
Tantos foram as pessoas que conheci e que levaram a parte mais bonita de mim, agora estou aqui, tendo de lidar com meu lado mais horrivel e sórdido outra vez e tantos foram os bons momentos que passei que doi lembrar o fato deles não estarem aqui para me fazerem sorrir.
Lembranças me tomam: desço as escadas de um lugar tão quente e lotado, fecho os olhos e começo a dançar, logo os minutos e as horas passam, sem que eu pare... os pensamentos não saem da minha mente e eu não consigo parar de sofrer... talvez tenha dançado estranho demais ou ninguém goste da minha música preferida, mas eles parecem se divertir e eu no fim talvez tenha me divertido, mesmo assim sempre me sinto alheio a tudo, sempre pareço tropeçar nos próprios passos.
Eu sei, poderia amar essas pessoas que me amaram tanto, mas sou covarde demais para gostar daqueles que gostam de mim e novamente me pego a voltar para casa com o sol em riste e um pensamento fixo de que algo ainda pode ser feito.
Retiro o fone do gancho e disco o número, nunca o telefone pareceu tocar tão tristemente quanto agora...
"Alô... alô..." eu deveria ter desligado mas minhas mãos tremem e hesito, "me liga depois para sairmos". Nunca aprendo com os erros e sei que vou voltar a ligar para sonhar com os mesmos sonhos e assim errar os mesmos erros.
A vertigem se foi, mas nem todos conseguem sair impunes, nem pessoas tão distantes quanto eu.

escrevi às 17:36

quinta-feira, agosto 26, 2004

"O apartamento todo limpo se não fosse essa droga, esse pequeno pedaço de papel. Mas eu estou aqui morto, não levanto..."

trecho retirado de uma publicação iconoclastica chamada err: O Arquiteto Incorporado dos aluno de Arquitetura e Urbanismo do Unicentro Izabela Hendrix. Sofrer para escrever?! Já devia ter me cansado disso mas lá estão, essas malditas folhas em branco...

escrevi às 17:27

O céu está caindo e você me deixou sozinho para fora do abrigo...
Disse a todos que eu já estava morto (e talvez estivesse afinal), mesmo assim pude ver seu sorriso de contentamento ao longe por livrar-se de tamanho fardo.
Com o ego destruído, me lancei contra as paredes, gritei seu nome e tantos dedos quebrei esmurrando as portas, sem que me notasse. Eu sei bem, já não tem mais forças para me carregar para além das linhas inimigas... então esqueça quem sou e livra-me de toda culpa por saber que mais uma vez terei de fingir sorrir ao te ver.
Quantos sonhos são necessários destruir, para que se possa estar ao menos contente? "-No final tudo dará certo" ela disse e eu acreditei novamente em suas falsas promessas.
Jamais me esquecerei de como me senti idiota em suas mãos e tropecei nos meus próprios passos, querendo apenas estar morto por me achar idiota demais em crêr que "no final tudo dará certo".
Mas nós dois sabemos muito bem, nada muda...

escrevi às 16:40

quarta-feira, agosto 18, 2004

"Sim, chorar eu chorei! São mornas as Auroras! Toda lua é cruel e todo sol, engano: O amargo amor opiou de ócios minhas horas. Ah! que esta quilha rompa! Ah! que me engula o oceano!"

trecho retirado do poema Le Bateau Ivre do poeta Rimbaud... ele também sabia que de nada adiantaria vagar e tentar... as adversidades sempre ganham

escrevi às 23:59

Em um canto escuro e empoeirado da sala comecei a odiar a mim mesmo e a pergunta permanece a mesma, vale a pena sofrer por tão pouco?
Você disse que não se importava, por muito tempo eu também acreditei, mas se já não me importo mais (como disse a todos) porque agora não consigo parar de chorar, molhando o chão com tão poucas e falsas lágrimas. Não entendo como agora, depois de tanto tempo volto a imaginar novas formas de sofrer.
Crio novas mentiras para manter as que já havia criado, mesmo assim sei que todos sabem que estou mentindo, todos vêem em meu rosto o quão mentiroso eu sou... invento tantas palavras, conceitos e filosofias mas nenhuma preenche o vazio que sinto agora, mesmo que beba café ou me corte hoje a dor não vai passar (ela nunca passa).
Já não posso sustentar tantas inverdades, ela pesam sobre meu ombro e eu afundo... afundo e vou ao chão, com toda força e o meu rosto ainda sangra e suja seus pés... e quero me afogar no seu próprio desprezo...
Que assim assim seja, amém.

escrevi às 23:43

segunda-feira, agosto 16, 2004

"Eu poderia, como ela mesma admitiu para mim, confessar que este desprezo que agüento sorrindo ou rindo às gargalhadas ainda não é - e será um dia? - de desprezo pelo desprezo, e sim para não ser ridicularizado, para não ser aviltado, por nada ou por ninguém, que eu mesmo me coloquei mais baixo do que a terra."

retirado do livro Nossa Senhora das Flores do escritor Jean Genet... eu me humilhei por você e as vezes acho que faria tudo de novo...

escrevi às 17:37

A vertigem prenuncia-se tão grande como antes e não entendo como posso ser tão idiota a ponto de errar os mesmo erros novamente. Me interno em um hospital onde Jó sangra com aids, me encarcero e a besta apresenta-se como a mulher de Deus e nas igrejas que fui nada vi além dos mesmo anjos caídos...
Não entende o que digo não é?! Não entende meu sarcasmo nem as minhas auto-críticas. Quisera eu também entender, agora que outra vez penso em abrir a janela e olhar para céu, mas hoje só vejo um balão de plástico, daqueles de criança, subir até onde já não possa ver (mesmo assim não faz sentido).
Eu quero poder olhar nos seus olhos e dizer aquilo que a tanto tempo ensaio e não posso falar, falta-me coragem e ar nos pulmões como se tivesse me afogando em tantas palavras presas na garganta. E se dissesse que outra vez sonhei contigo, mas o sonho foi tão rápido que tive dúvidas... quem pode afirmar que eu não estou mentindo? E se estiver apenas me enganando para sofrer mais um pouco? Não vale a pena lembrar.
Chegou a hora de acordar, segredos são sempre revelados e não se pode negar a indiferença que sente por mim e eu não posso negar que chorei ao sonhar com você... mais uma vez...

escrevi às 17:18

quinta-feira, agosto 12, 2004

"Não respondas, cala-Te. Que poderias dizer, aliás? Sei muito bem o que dirias. Mas não tens direito de acrescentar nada ao que já disseste. Porque nos vieste perturbar? Pois nos vieste perturbar, bem o sabes. Mas saberás o que vai acontecer amanhã? Não sei quem és Tu, nem o quero saber; não sei se realmente és Tu, ou apenas uma aparência dele, porém amanhã mesmo Te hei de julgar e condenar a morrer na fogueira, como o pior dos hereges. E esse mesmo povo que hoje ainda Te beijava os pés, amanhã, a um sinal meu, há de se precipitar para trazer lenha à tua fogueira. Sabes disso? Sim, talvez o saibas."

frase retirado do livro Os Irmãos Karamazovi do escritor Fiodor Dostoievski... anseia queimar e assim retornar as cinzas, a não existência... talvez saiba o que quer dizer isso de fato(sim, talvez saiba)...

escrevi às 19:05

"-Você me ama?" ela perguntou e ele ficou calado até que ela foi embora...
Fecha a porta do quarto e liga o rádio no último volume, mesmo assim não ouve nada além dos próprios pensamentos a ensurdece-lo, nunca sentiu-se tão sozinho e nunca se sentiu tão doente quanto agora.
Em meio a guerra de vozes em sua própria mente ele voltou a almejar novas formas de fugir e tanto esmurrou a porta que ela enfim abriu. Desceu as escadas tão rapidamente quanto pode e ao abrir o portão, sentiu que passou uma vida inteira enclausurada e tentou lembrar o nome do pensador que disse: "todos os homens deveriam ficar presos no mínino um ano" mas o sol estava tão forte que cegou seus olhos e ele foi engolido pela multidão.
Atravessou a rua, tropeçando nos próprios passos até que cansado olhou para cima, o céu ainda estava lá mas ao olhar para suas mão viu que elas começavam a desaparecer...
Ele só queria ter tido coragem para ter dito "sim", mas todos já haviam morrido mais um pouco... até alguém como ele...


escrevi às 18:39

quarta-feira, agosto 11, 2004

"Isso não vai parar; portanto, apenas desista"

refrão traduzido da música Wise Up da cantora e compositora Aimee Mann, que está na trilha sonora do filme Magnólia... eu já deveria ter desistido, já deveria ter crescido e aprendido com (todos) os erros...

escrevi às 17:10

Abro a janela em uma noite qualquer e deixo o vento frio entrar, embaraça meu cabelo e esfria o meu café... Aonde isso vai nos levar? Eu não sei...sinceramente, eu não sei...
"Antes que seja tarde" disse, mas já era tarde demais para voltar atrás e sonhar com um novo final e ainda assim com todas as adversidades, naquela noite sonhou com anjos e acordou com vontade de vomitar...
De que adianta ficar pelo cantos pensando em fantasmas se eles não entendem o que está dizendo com a boca tão cheia de sangue, se eles sequer lembram da época em que você também era um fantasma.
Mais um gole de um café frio e forte para tentar esquecer, permaneço tanto tempo ali quanto posso até que o silêncio é quebrado, ouço os tacos rangerem e o barulho da maçaneta, espero alguém entrar...
silêncio
Ela nunca virá...

escrevi às 16:51

domingo, agosto 08, 2004

"Por que me apaixono por toda mulher que me dá qualquer tipo de atenção?"

frase retirado do filme Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças do roteirista Charlie Kaufman... sem mais palavras, sem mais palavras...


escrevi às 13:16

Novamente pessoas demais em um espaço pequeno e eu tentando de qualquer modo parecer apenas mais um, mas todos parecem ver que estou a parte do mundo que eles estão e mesmo assim parecem não se importar.
Microfonia por todos os cantos e eu procuro incessantemente algo que não posso ter de verdade... parece que a distorção poderia me deixar surdo e no fundo era só isso que eu queria.
"Preciso falar algo antes que seja tarde... deixa, não vale a pena mais. Vou dar uma volta..."
Quisera eu poder acreditar nisso, mas novamente eu ando esbarrando em todos porque não sei aonde devo me esconder... não faça isso, não agora e não hoje...
Tentei gritar o mais forte que consegui mas esqueci a letra, tentei dançar mas me achei idiota demais e quando todos sorriam, eu imaginei milhares de formas para ocultar o que estava sentindo. Desço as escadas e espero tanto tempo, em vão, porque no fim sempre resta a esperança e a certeza que o final será como todos os outros que já passei...
Voltando para casa sozinho (isso não surpreende mais ninguém), fazia frio e eu quase chorei (isso não surpreende mais ninguém).



escrevi às 12:28

quinta-feira, agosto 05, 2004

"amo você minha criança, amo como consegue fazer das coisas tristes, poesia"

frase dita por mim mesmo enfrente a um espelho... engraçado e ao mesmo tempo bonito...

escrevi às 18:21

Dialogo em frente ao espelho e pela primeira vez em anos, me olhei no espelho e consegui me aceitar e pedi desculpas a mim mesmo em voz alta por tudo que fiz por tantas brigas e tentativas estupidas sabotagens.
Iniciei um dialogo real com todas as partes que existem dentro de mim e lá fiquei por horas a conversar comigo mesmo, me descobrindo verdadeiramente. Passei a limpo minha vida inteira e me senti bem por saber que no fundo nada está perdido e talvez hoje, ao menos um vez possa dizer que me amei de verdade.
Tive uma vontade tão forte de chorar mas não porque estava triste e sim por aceitar todas as minhas contradições, por vêr que nem sempre errei e que nem sempre fui eu o causador de todas as minhas ruínas.
E quando a depressão voltar e ódio por mim mesmo emergir novamente lembrarei que ao menos hoje tentamos nos reconciliar (mesmo que no fim nós soubessemos ser impossível) ...

escrevi às 17:59